Voltar aos dezessete
“Voltar aos 17 anos, depois de viver um século", cantava Mercedes Sosa a composição de Violeta Parra. A frase sempre inspirou Victorio Micheletti, paulistano de 90 anos, amante da arte de fotografar desde os anos 1940. Suas fotografias estavam guardadas num armário, cheias de lembranças, e agora se revelam novamente com este filme. O filme é uma produção da TV Cronópios, canal multimídia do Portal Cronópios (cronopios.com.br)
Tema: BIOGRAFIA
Tags: artista_anônimo, fotografia, história_de_vida, luz, victorio_micheletti, volver_a_los_diecisiete
FICHA TÉCNICA
País: Brasil
Duração: 25'
Diretor: Pipol (José Waldery M. Pires)
Produtor: Elaine Xavier e Ricardo Biserra
Ano: 2010
Formato: HD
Montagem: Pipol
Fotografia: Pipol
Trilha: Creative Commons
Filmografia do
Diretor:
Pipol é editor-fundador e diretor de TV do portal de literatura e arte Cronópios (www.cronopios.com.br). Produz programas de entrevistas e documentários, inclusive em 3D, para a TV Cronópios, canal multimídia do Portal Cronópios.
Comentário do
Diretor: Elaine visitava seu tio Victorio e descobriu, por acaso, fotografias (muitas) num armário torto bem arrumado, cheito de etiquetas e rótulos colados em caixinhas. Ficou surpresa, “como Alice”, ao descobrir que seu tio de 90 anos era um artísta, um fotógrafo. E começou a entrar no mundo desconhecido de Victorio. Encontrou fotos, slides e negativos registrados desde os anos 1940. Os negativos vinham com a marcação de cortes e estudos de enquadramento para serem trabalhados posteriomente em laboratório na máquina de ampliação.
Elaine me contatou sobre a possibilidade divulgação das fotos no Cronópios e daí surgiu a ideia de fazermos juntos este filme. Trabalhamos rápido e o resultado pode ser visto agora com o lançamento aqui no Cronópios. Gosto da iconoclastia que emana do filme quando mostra Victorio visitando exposição de Henri Cartier-Bresson. Victorio não conhece Bresson, por isso tem olhos comoventemente livres para criticar algumas fotografias que via, pela primeira vez, do famoso fotógrafo francês. Mais comovente ainda, por outro lado, são os elogios e o prazer que sente com as outras fotos que realmente gosta e se identifica. Nosso personagem é um fotógrafo bastante técnico, aprendi muito com ele durante a montagem deste filme. Nunca mais darei um “clique” sem lembrar de Victorio.
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