KinOpoÉTicaS – Katari Kamina
Este curta é uma homanagem ao legado de Tupac Katari, que em 1781 liderou um imenso levante no planalto andino. Katari atuou em consonância com a rebelição de Tupac Amaru, de 1780 no Perú. Ambos declaram o fim da mão de obra escrava, do regime de trabalho forçado imposto aos indígenas e a suspensão do pagamento de tributos a Coroa Espanhola. Apesar de ter morrido esquartejado em praça pública, seu levante é vitorioso para muitos historiadores: fez cambalear o sistema colonial espanhol, é considerado o embrião da independência dos países hispano-americanos e referencia ao processo histórico contemporâneo da Bolívia.
Tema: DIREITOS HUMANOS
Tags: atahualpa_yupanqui, bolívia, colonización, felipe_quispe, história, independencia, tupac_amaru, tupac_katari
Programa Relacionado: Povos da Terra
FICHA TÉCNICA
País: Bolívia / Brasil
Duração: 14'
Diretor: Pedro Dantas
Produtor: Carolina Valdés
Ano: 2011
Formato: HD
Montagem: Pedro Dantas
Som Direto: direto: Carolina Valdés / finalização: Marcelo Tupi
Fotografia: Pedro Dantas
Trilha: Atahualpa Yupanqui, agradecimento a ala FUNDACIÓN ATAHUALPA YUPANQUI
Filmografia do
Diretor:
PEDRO DANTAS recibió como director y guionista de filmes de No-Ficción – KinOpoÉTicaS – Katari Kamina (2011), KinOpoÉTicaS – Torpellino (2010), La Moneda (2009), Ermelino É Luz (2009), Lamento Paulista (2008), KollaSuyo - A Guerra do Gás (2006), la serie de 3 cortometrajes ¿Onde Está América Latina? (2005), y Argentina Acorralada (2003) - un total de 15 premios en importantes festivales de cine de Brasil, tales como Gramado Cine Vídeo, Jornada Internacional de Cinema da Bahía, Festival de Cinema de Curitiba y FAM (Florianópolis Audiovisual do MERCOSUL). Es también Coordinador General y Curador del SP Leste en Movimento – Festival de Cinema da Zona Leste de São Paulo. Como periodista publicó artículos en revistas como História Viva (Editora Duetto) y Geografía – Conhecimento Prático (Editora escala).
Es alumno del Post-Grado Magíster en Cine Documental en la Universidad de Chile, con coordinación de Ignacio Agüero. Es graduado en Comunicación Social, periodismo, en la PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - (2003). Fue beneficiado con bolsa de estudio en el III Seminario de Guión y Producción Creativa de Audiovisual de No-Ficción de Ibermedia / Uniacc, en Santiago de Chile (2008)
Comentário do
Diretor: Katari Kamina é um dos 5 curtas que compõem a obra KinOpoÉTicas.
A estética desenhada através de montagem discursiva*1 estabelece a identidade da obra como um todo e a coesão entre as cinco partes do filme. A montagem discursiva de KinOpoÉTicaS trabalha com dupla função: realça a entidade de cada elemento e ao mesmo tempo valoriza o conjunto qu e se cria a partir da sincronização de sentidos entre os diferentes elementos. As unidades discursivas são longas. A parte Katari Kamina, por exemplo, tem todo seu roteiro articulado a partir de apenas um depoimento; de Felipe Quispe, líder aymará quem nos conta sobre Tupaj Katari e a importância de seu legado na história contemporânea boliviana. A montagem conecta e sincroniza a esse depoimento outras formas de expressão: música de Atahualpa Yupanqui, música andina do grupo Inkamaru, solos de charango da paceña Flor Isabel, filmagens originais em locais relacionados à história narrada, obras do museu etnográfico de La Paz, imagens de arquivo histórico da história recente do país e imagens originais do próprio Felipe Quispe. A montagem discursiva não ilustra de forma pontual aquilo que o depoimento nos conta, mas atua como arte que irá revelar e provocar novas formas de compreensão e apreciação da realidade.
*1: • A Montagem Discursiva é aquela cujo os cortes e sincronização de sentidos estabelece o fluxo de informações e a estética do filme, que se faz preponderante através da montagem, e não do fluxo interno das imagens. A partir dos conceitos refletidos por Vicent Amiel em seu livro Estética Del Montaje, Abada editores, Madrid, 2005. Titulo original: Esthetiqué Du maontage, Nathan/Her, 2001.
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