Documentários e curta metragens brasileiros e latino-americano

De 3 a 8 de novembro acontece no Chile a décima edição do Festival de Cinema Documentário de Chiloé.

A programação contempla destacados documentários nacionais na mostra competitiva, uma retrospectiva Ignacio Agüero e duas mostras internacionais, a de cinema venezuelano e a sessão de cinema e debate CurtaDoc. Todas as atividades são gratuitas.

Com um verdadeiro clássico do cinema chileno, “Cien niños esperando un tren”, do reconhecido documentarista Ignacio Agüero, teve início nessa segunda-feira, 3 de novembro, a celebração dos 10 anos do Festival de Cinema Documentário de Chiloé, Fedochi. Como de costume, a Igreja Nossa Senhora da Graça de Nercón foi o local de projeção do filme de abertura desta décima edição, que traz novidades em destaque.

A competição oficial de documentário, que se realizará até o último dia do festival, tem como sedes o Centro Cultural Comunitário de Castro, o Centro Cultural Queilen e as igrejas de Nercón e da Ilha de Quehui.

Um dos pontos fortes desta edição é a Mostra Competitiva Nacional, com filmes que neste ano conquistaram prêmios em importantes festivais do Chile, como o FIDOCS e o Festival de Valdivia, além de terem sido selecionados em festivais internacionais.

O júri está composto pela documentarista e diretora da série CurtaDoc Kátia Klock; Pablo Insunza, comunicador social e documentarista; e o arquitetos radicado em Chiloé Edward Rojas, responsável pela fundação do Museu de Arte Moderna de Chiloé.

Os jurados terão a tarefa de escolher o filme ganhador entre os setes títulos selecionados para a competitiva: “El gran circo pobre de Timoteo”, de Lorena Giachino (2013, Prêmio do público no Fidocs); “Diosito el huinca”, de Michelle Carrere (2014); “Propaganda,” Christopher Murray e outros (2014, Prêmio do júri no Fidocs); “Crónica de un Comité”, de José Luis Sepúlveda e Carolina Adriazola (2014, Melhor filme no Fidocs); “Respirar helado”, de Carolina García (2014); “Los Castores”, de Nicolás Molina e Antonio Luco (2014, Melhor filme nacional no Festival de Valdivia); e “La vida está en otra parte”, de Nicolás Sánchez (2013).

Na Mostra Competitiva de Produção Regional participam os documentários “María Elena”, de Rodrigo Lepe (2014); “Historias textiles de Chiloé”, de Luis López Navarro (2014); “Territorio Sagrado. Por la Defensa de Kintuante”, de Lester Rojas Romero e Carlos Rojas Hurtado (2014); e “Frontera de agua”, de Luis Hermosilla (2013).

Além de abrir o Fedochi 2014, o cinema de Ignacio Agüero será homenajeado em uma retrospectiva que apresenta a exibição de “No olvidar” (1982), “Como me da la gana” (1985), e “GAM” (2011).

Como grande novidade deste ano, Fedochi contará com uma mostra internacional em parceria com o Festival de Cinema Venezuelano de Nova York, levando a Chiloé documentários como “Nikkei” (Kaori Flores Yonekura, 2011), “Tiempos de Dictadura” (Carlos Oteyza, 2012), “El Yaque, pueblo de campeones” (Javier Chuecos, 2013) e a fição “La Danza de la Realidad”, de Alejandro Jodorowski (2013). Destaca-se também a Mostra de Escolas de Cinema, com trabalhos de diferentes escolas de cinema do Chile. Por sua vez, a itinerância tem lugar na programação da grande tela com filmes do Festival Internacional de Cinema para crianças e adolescentes Ojo de Pescado.

Por fim, completam as atividades do Fedochi as oficinas orientadas para a formação de público e profissionalizante, totalmente gratuitas e apoiadas pela Faculdade de Humanidades da Universidade de Santiago. “Organizando Cineclubes com orientação pedagógica”, destinada a professores que tenham interesse em trabalhar o cinema como ferramenta pedagógica e na formação de público entre seus alunos; “Oficina TV-O”, que busca compreender o impacto e o poder dos meios televisivos na vida cotidiana do público em formação por meio de distintas didáticas e instrumentos; e “Meu olhar, meu lugar”, guiada pela diretora do CurtaDoc Kátia Klock, voltada para estudantes e profissionais de Cinema e Comunicação, propões a produção criativa e colaborativa de un curta documentário sobre as ideias e histórias dos participantes em relação aos seus lugares na América Latina.

Mostra CurtaDoc ao vivo

Na sexta-feira, 7 de novembro, a partir das 16h30 no Centro Cultural e Comunitário de Castro, CurtaDoc e Fedochi apresentam a sessão de cinema e debate CurtaDoc ao vivo, com projeção de cinco documentários do acervo CurtaDoc, comentada por Andrés Zúñiga e com mediação da diretora Kátia Klock. A mostra se realiza pela parceria cutural entre o festival chileno e a iniciativa brasileira para a difusão e reflexão da produção latino-americana de documentário.

A curadoria do CurtaDoc deu atenção ao tema da preservação do patrimônio material e imaterial e dos costumes e modos de vida daqueles que resistem às imposições do desenvolvimento econômico. Os curtas escolhidos para a sessão são o chileno Maestros de Ribera (Del Seno del Reloncavi), de Mario Bravo Gallardo, o argentino Huyendo del tiempo perdido, de Cinthia Rajschmir, e os brasileiros Fotossensível, de Cristina Kreuger, Cerveja Falada, de Demétrio Panarotto, Guto Lima e Luiz Henrique Gomes Martins, A Pandorga e o Peixe, de Kátia Klock e Ivan de Sá.

Para conferir a programação completa do festival, acesse www.fedochi.cl.

Fedochi 2014 é financiado pelo Fundo de Fomento Audiovisual do Conselho Nacional de Cultura e Artes e conta com o apoio da Universidade de Santiago do Chile, do Museu de Arte Moderna de Chiloé e do Centro de Edcação e Tecnologia CET.

Fonte: FEDOCHI