Morre Congo, Fica Congo
Até os anos 1970 o Jongo Rural de Angra dos Reis mantinha a comunhão dos seus praticantes nos encontros de terreiro. Esses encontros foram desfeitos a partir de 1973, durante o governo do General Emílio Garrastazu Médici, com as obras da rodovia Rio-Santos; a construção das usinas nucleares e a especulação imobiliária, que desfizeram laços sociais, trouxeram violência e obrigaram famílias inteiras a migrar de bairros como Mambucaba, Itaorna, Frade e Grataú para o Morro do Carmo, no centro de Angra. Memória da terra, saudades do local de origem, recuperação da autoestima, magia. “Morre congo, fica congo” é o registro raro e impressionante do Jongo Rural (manifestação oral-rítmica dos remanescentes de quilombos, com pontos falados, cantados e acompanhados de palmas e tambor), que é revelado, no filme, pelos depoimentos dos seus cinco últimos mestres praticantes: Carmo Moraes, na época, com 82 anos de idade; Dona Luisa, 67; Zady Rita, 62; Rosalvo Bernardo, 57 e Zé Adriano, 78.
Tema: ESPIRITUALIDADE
Tags: candomblé, cultura_tradicional, delcioteobaldo, dgtfilmes, especulación_inmobiliaria, espiritualidade, ficacongo, jongo, morre_congo, terrero, toninogueira
Programa Relacionado: Rastros do Quilombo
FICHA TÉCNICA
País: Brasil
Duração: 15'00"
Diretor: Délcio Teobaldo
Produtor: Toni Nogueira
Ano: 2001
Formato: HD
Fotografia: Toni Nogueira
Festivais:
; encerrou a mostra “Da chanchada à feijoada – O cinema negro no Brasil” (Museu da Imagem e do Som, São Paulo),O documentário já foi exibido em Rede Nacional (TV Cultura, São Paulo), programa Zoom,Morre Congo, fica Congo foi exibido em salas especiais (Museu da Imagem e do Som; Centro Cultural e Artístico Botafogo e Universidade Federal do Rio de Janeiro, durante a “I Semana de Artecultura”,encerrou o “II Festival de Arte Negra – FAN” (Belo Horizonte – MG),); convidado para exibição no Encontro Latino Americano de Culturas, México,no “III Discovering Latin America Film Festival ,Festival de Cinema e Video de Udine (Itália) e no “16º The International Documentary Film Festival of Marseilles” (França, 2005);VI Festival Latino de Londres (Itália, Havana, 2005).
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